domingo, 1 de abril de 2012

CURRAIS NOVOS NO LIMBO DA HISTÓRIA




Parafraseando o cantor Falcão, diríamos que Currais Novos, de uns tempos para cá está, no mínimo, indócil. Obras e obras iniciadas na gestão Zé Lins, paradas; a atual administração pintando prédios e monumentos públicos com a cor de sua bandeira política: azul; cachorros soltos pelas ruas, as centenas, avançando agora contra motociclistas; as muriçocas comandando as noites de sono(?) dos curraisnovenses; centenas e centenas de medicamentos vencidos sendo descartados para incineração, enquanto faltam nos postos de saúde e o povo clama por eles; o atendimento no Hospital Regional cada vez pior; dois abatedouros fechados, enquanto lança licitação para compra de um caminhão-baú para transporte de carne (transportar de onde?); as ruas esburacadas, muitas delas ostentando esgotos estourados, correndo a céu aberto e; as praças necessitando de serviços urgentes; o homem do campo e o o próprio campo, abandonados; e dentre muitos e muitos descasos, para completar, essa onda de assaltos que vem ocorrendo em residências e em lojas do centro da cidade.

Minha gente, existe um ditado que diz: "em time que está ganhando, não se mexe"., mas e em time que está perdendo, não é de bom tom fazer algumas substituições? Por exemplo, mesmo com seu time perdendo e já estando até na prorrogação, o prefeito Geraldo Gomes, até agora, não fez nenhuma substituição, ou seja, mantém o mesmo secretariado que iniciou a sua gestão, e diga-se de passagem, algumas delas nem ataca e nem defende, muito pelo contrário, só fazem observar, estáticas, as bolas entrarem e balançarem a rede. A culpa é do técnico? E quem será o técnico que comanda a equipe da prefeitura? Porque no episódio dos medicamentos vencidos, o prefeito, pela sua mídia, afirmou "desconhecer" o problema, daí se tira uma conclusão: será que o prefeito realmente conhece o time que botou em campo? Acreditamos que ele conheça, mas existe um outro problema que talvez impeça o alcaide de mexer no time: compromissos políticos e pessoais assumidos em campanha, ou alguém do seu próprio sistema, a quem deva anuência, que talvez nem concorde com a "mexedura" nesse time "imexível" e até "intocável".

Mas, o tempo está passando e o prefeito, por conta de umas e outras, teve pedido pela justiça, a sua cassação de mandato e suspensão dos seus direitos políticos, onde está decorrendo um prazo de 15 dias para que ele apresente uma defesa. Caso contrário, dar-se-á o seu afastamento, e a sua vice constitucional, Milena Galvão, poderá assumir, e pelo tempo que permanecer a frente do executivo, dar as canetadas que ela venha a acreditar que serão necessárias para que a administração municipal tome o caminho (que não é esse) que deveria ter tomado desde o 1º de janeiro de 2009.

Além do mais, este ano é ano de eleições, onde serão candidatos já declarados, Zé Lins, pelo PR, e Milena Galvão, pelo PMDB, já que o DEM, até agora, não se pronunciou sobre o seu possível candidato, que poderá ser o atual prefeito ou não. Como sabemos, muitas obras que Zé Lins deixou iniciadas, hoje estão paradas, sem explicações plausíveis, e aí se pergunta: será que o atual prefeito acredita que Zé Lins vença as eleições e retome as obras que ele mesmo iniciou? É um  caso!

Bom, sabe-se de antemão de uma coisa, Zé Lins e Milena Galvão hoje, estão em sistemas diferentes, com várias correntes antagônicas dentro dos seus próprios quadros, e talvez muitas arestas a aparar, mas também sabe-se que, eles possuem homogeneidade em uma única e definitiva questão: derrotar o prefeito Geraldo Gomes ou algum seu sucedâneo, nas próximas eleições de outubro, e fazerem com que Currais Novos retome as rédeas do seu desenvolvimento, realizando uma administração voltada para os mais humildes e mais necessitados. É disso que Currais Novos precisa, não de prédios azuis ou de quaisquer cores que sejam.  

Por isso Currais Novos hoje encontra-se no limbo da sua própria história, pois nunca em toda a  trajetória política-administrativa, o nosso município havia passado por momentos tão desastrosos e tão desagradáveis como os que passa hoje. E a nossa Câmara Municipal, pelos sete vereadores que assumem  e chancelam a oposição responsável a essa administração sabe também, de antemão, do seu compromisso e de sua responsabilidade perante os munícipes que, em maioria, desaprovam a atual administração com repúdios veementes, ansiando por dias melhores, que lhes tragam possibilidades de emprego e renda, saúde compatível, educação participativa e melhoria no setor de segurança pública.